quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cenários envolventes da Barra do Douro








Nestas imagens podemos ver a aproximação do Rio Douro à sua foz, depois a Cantareira (zona de pescadores), o Cabedelo na margem de Vila Nova de Gaia e a entrada da Barra ao longe, a seguir o rio visto do molhe do Farol e logo depois o início da orla marítima do Porto, vista do molhe do Farol também. Do Castelo de S. João da Foz, que data de de 1560 falaremos noutra oportunidade. Por fim, uma imagem tirada da esplanada da praia do Ourigo onde já se perspectiva a orla marítima do Porto com alguma abrangência e da qual irei falar proximamente.
Ficou aqui, nestes dois posts sobre a Barra do Rio Douro, a primeira de uma série de abordagens que espero fazer sobre a minha cidade do Porto, da qual, ao longo dos posts já fui dando alguns flashes para quem não conhece, não pretendendo ser exaustiva nessas abordagens, apenas falar da minha cidade, e a propósito de qualquer pormenor que ache interessante e que diga respeito ao seu povo.

Texto e fotos:Lu

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Barra do Douro

Onde o Rio acaba e o Mar começa...



Neste Inverno rigoroso que temos vindo a atravessar com muito frio, muita neve e especialmente muita chuva, ocorre-me hoje, pôr aqui algumas imagens que obtive na Barra do Douro, num destes últimos dias, em que o mar tem estado encapelado, e um pouco para sair, por agora, das imagens da neve.

Para todos os que me visitam e não residam no Porto, saibam que o Rio Douro , o segundo maior rio de Portugal, nasce nos Montes Cantábricos em Espanha. Atravessa Portugal por vales e montanhas, vindo desaguar no Oceano Atlântico a oeste da cidade do Porto. A foz do Rio Douro, local de cenários lindíssimos, os portuenses desde sempre conheceram como a BARRA DO DOURO.
"BARRA", entre outros significados que tem, significa também ...entrada estreita de um porto...
Antigamente, e ainda não vão muitos anos que deixou de ser assim, a cidade do Porto era uma cidade portuária. Efectivamente, na zona mais antiga da cidade, banhada pelo Rio Douro, e a que várias vezes me tenho referido em posts anteriores, existia um porto onde atracavam navios ou vapores(como se dizia antigamente).
O caudal do rio, em todo o seu percurso, é alimentado por vários afluentes. Em épocas de Inverno muito chuvosas, o caudal aumentava assustadoramente, provocando dois grandes problemas: As cheias e os naufrágios.
As cheias do Douro, algumas eram terríveis, inundavam as margens de todas as povoações, vilas e cidades, arrasando e arrastando tudo, incluindo os navios ancorados no porto, afundando alguns e arrastando outros para o mar. Ainda me lembro das cheias de 1961, 68 e mais recentemente as de 78.
No livro "ONDE O RIO ACABA E FOZ DO DOURO COMEÇA", de Sebastião Oliveira Maia, o capítulo - Verdades que o povo canta - ilustra bem este pavor que eram as cheias do Rio Douro antigamente (passo a citar) : -

Há muito perdi a conta
quantas vezes houve cheia,
mas há quem diga que monta
em sete dúzias e meia -

É assim que o povo ribeirinho conta, cantando, as suas desgraças...desgraças que as cheias do Rio Douro lhes têm trazido, e que, sendo tantas, umas fazem esquecer as outras. (fim de citação)

Quanto aos naufrágios, estes verificavam-se com frequência, especialmente à entrada da Barra.E porquê? Na altura de Inverno, com o mar sempre muito agitado, o forte caudal do rio, muitas rochas, a existência dum Cabedelo (língua de areia), junto à entrada, o qual ou alargava ou alongava, variando a profundidade do rio, tudo isto contribuía para esta entrada da Barra no Rio Douro fosse uma das mais perigosas barras da costa portuguesa. Muitos foram os navios que encalharam ali, arrastados pelas vagas poderosas do Atlântico contra os rochedos e bancos de areia, verdadeiras tragédias como diz Sebastião Maia, presenciadas ao vivo pelo povo, incapaz de poder acudir.
Ainda recordo bem o naufrágio do navio "Varna" em 1968...

Estes problemas hoje em dia estão de alguma maneira ultrapassados. O porto foi entretanto desactivado e actualmente serve de poiso para embarcações de recreio e de turismo no Rio Douro. Os pescadores da zona da Afurada, na margem de Vila Nova de Gaia, contam hoje com meios tecnológicos, que lhes permitem prever o estado do tempo e do mar, fechando-se a Barra e
alturas de risco, o que não quer dizer que cíclicamente não haja tragédias. Quanto às cheias, têm vindo a diminuir o tamanho, já que o caudal do rio baixou muito por força da construção de várias barragens no rio e afluentes, mas quando o mau tempo prevalece e a muita chuva obriga as barragens a descarregar mais água, tudo junto vem por aí abaixo, juntando-se à força da água do mar que entra pelo rio dentro e as gentes ribeirinhas vivem sempre tempos de angústia...

Para minorar estes problemas foram projectados dois novos molhes de ambos os lados do rio, juntando-se ao antigo que têm um farol e uma ronca para alertar de noite os barcos que passam ao largo, quando estão dias de chuva e nevoeiro intenso... A construção destes molhes foi alvo de muita polémica, já que o cenário da entrada da Barra era lindíssimo e a construção dos molhes viria alterar esta beleza. Alguns notáveis fozeiros, chegaram mesmo a contestar tal decisão, que parece por via disso, ter sido muito atrasada. Mas os prejuízos eram tantos, com as populações a serem invadidas pela água e as marginais a serem constantemente danificadas e restauradas que os molhes acabaram por vencer...com alguma dificuldade porque até o próprio mar não parecia deixar...isto eu apreciei, durante a construção, enquanto nos meus passeios a pé, na minha rota habitual junto ao rio e depois ao mar...

As imagens então, mostram a entrada da Barra em 2004, sem os molhes, (só se vê o velhinho molhe do farol) e o Cabedelo do lado de V.N.de Gaia, depois imagem duma vista aérea recente da entrada da Barra já com os molhes, seguindo-se imagens dos molhes do lado do Porto, batidos pelas ondas em dia de Sol e em dia de temporal...



Texto e Fotos:Lu

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

De Zurich a Interlaken em Dezembro



















Hoje recebi no meu E-mail duas mensagens em pps que quero assinalar aqui: Uma mostrava as lindas paisagens Suiças no percurso que vai de Zurich a Interlaken na Primavera e outra tinha como título " Parolles et silence". Então parafraseando uma frase deste último pps (cujo autor desconheço), reporto essa frase para as imagens que o primeiro pps me fez recordar e que tive a graça de Deus de ter admirado ao vivo embora numa estação do ano diferente.
E assim constava a frase:
---Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas em palavras... É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las em toda a sua plenitude---

Texto e fotos:Lu

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E por falar em Kursalon Viena

http://www.youtube.com/watch?v=hqzvxAI2Fgw

Olhem o que encontrei no Youtube
Fazer copy paste (copiar/colar) na barra de endereços
+
ver Youtube: New Year'Concert in Vienna 2009 - Daniel Barenboim
e
outros (HD. Wiener Philarmoniker N.JahresKoncert 2009 (Human Justice for people in Middle East).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

No rescaldo do Natal


LIBERTAR A VOZ ON LINE



É verdade, hoje apetece-me mais uma vez, libertar a voz aqui, tal como diz no meu guia "Blogging"...
Acabei há pouco de apreciar na TV uma entrevista com o actor Dustin Hoffman, no talkshow do Jay Leno, na NBC. Vale a pena ver televisão assim, o objectivo da entrevista era publicitar o próximo filme deste actor, que já há bastante tempo não aparecia em cena. O filme, cujo nome é "Last Chance Harvey", versa uma história de amor em Londres e tem como actriz principal Emma Thompson, estreando brevemente. Mas básicamente abordei este assunto porque foi extremamente agradável apreciar esta entrevista, como aliás todas as que Jay Leno faz, não só devido à personalidade dos entrevistados, mas porque Jay Leno consegue introduzir uma ambiência tão natural, que transforma uma entrevista sempre num espectáculo, neste caso Dustin Hoffman, ELE é o espectáculo por si também, a entrevista foi tão divertida que neste momento penso nela e na cara dos dois e só me apetece rir, saber fazer distrair é uma nobre arte nesta vida e saber-se distrair com um bom programa de televisão também é uma mais valia! E momentos simples como este enriquecem a nossa mente e a nossa saúde. Mas à frente que o que me trazia cá não era bem isto, fiquei empolgada com o assunto e apeteceu-me falar dele, tendo em conta que se o filme tem dois mais do que excelentes actores, é suposto que seja mais uma maneira para próximamente nos ocuparmos bem, já que a época recente em matéria de filmes, não foi muito profícua tendo em conta os que vi e na minha sempre pouco importante opinião. Se calhar eu é que nem escolhi bem!!!May be...Mas como estes actores de eleição, às vezes já a entrar quase na 3ª idade lhes dá para fazer filmes só para passar o tempo, ainda onteontem vi a Diane Keaton numa cena dessas, pode muito bem ser que o dito filme " Last Chance Harvey" não corresponda às expectativas habituais, a ver vamos...

Bom, e então o que me trazia aqui hoje para libertar a voz online:
É assim: a esta hora estará a acontecer no Coliseu do Porto o Concerto de Ano Novo deste ano. Pena não fui assistir a este evento que eu muito aprecio e em que nos últimos anos tenho estado presente. Desde nova adorei a música dos Strauss, um pouco por causa dos filmes da SISSI, que foi uma paixão da minha juventude, vi há muitos anos na TV uma série excelente sobre a vida de cada um dos compositores desta família e o ano passado em Viena de Austria, estive no Musikverein onde se realiza o famoso Concerto de Ano Novo, que religiosamente vejo na televisão desde há muitos e muitos anos atrás, desde o tempo em que Herbert Von Karajan dirigia o concerto . Não pude assisistir a nenhum concerto aqui, pois como é sabido, não é coisa fácil arranjar bilhetes, mas consegui assistir num dos edifícios carismáticos de Viena, de estilo renascentista italiano, o KURSALON, no seu famoso salão de baile, a um concerto pleno de música dos Strauss. Dizem que neste lugar os irmãos Strauss celebraram os seus maiores sucessos. Neste edifício, bailes e concertos promenade encheram esta casa de uma atmosfera plena de valsa no tempo de Strauss.
Mas este ano por força de outro programa de passagem de ano, não consegui ver a transmissão do concerto de Ano Novo na TV, sendo que só dias passados é que me apercebi do que perdi, é verdade, o concerto este ano era dirigido pelo maestro Daniel Barenboim, por quem sinto uma grande admiração.

Daniel Barenboim, é um famoso pianista e director de orquestra, hoje muito conhecido pelo seu empenho na luta pela paz no Médio Oriente. Oriundo de uma família de judeus de origem russa, criou uma orquestra composta só por jovens Israelitas e Árabes, pretendendo que ela seja o símbolo de uma paz possível entre estes povos.
Vão alguns meses que assisti no canal de TV Cabo, Mezzo, à história da criação desta orquestra, cujo nome é West - Eastern Divan Orchestra, e bem assim partes do histórico concerto que Daniel Barenboim conseguiu dar em Ramallah no ano de 2005 e as tremendas dificuldades que teve de ultrapassar para levar a cabo este projecto.
Daí como tanto lamentei não ter podido assistir ao concerto de Ano Novo de Viena na TV, este ano.
Mas tudo bem, não deixei porém de assistir a um concerto de Ano Novo... a ver vamos: Este ano fui passar o ano em Caminha, Vila bem linda e simpática no Norte de Portugal, situada na foz do Rio Minho, que neste local delimita a fronteira com a vizinha Espanha. (Podem ver nos marcadores que tenho no Google map no meu blog. )Nesta vila passo esporádicamente fins de semana e férias, em casa de família que se possui lá.
Por todo o país este ano, se comemorou a passagem de ano com fogos de artifício, organização sempre a cargo das autarquias. Começa porém, a haver um dado novo no programa cultural das festas, além da tentativa de se repescar a tradição de se cantar as Janeiras. Esse dado novo tem a ver com a introdução dos concertos de Ano Novo. Se formos à Net, aí vemos o quanto houve de concertos por toda a parte. Assim, também fui confrontada com um Concerto de Ano Novo em Caminha , além do lindo fogo de artifício no terreiro da praça , lançado estratégicamente por de trás da torre do relógio ao som da música dos ABBA no filme Mamma Mia e com oferta de Champagne e uvas.
O concerto que se realizou no Pavilhão Desportivo Municipal de Caminha, contou com a colaboração conjunta da Banda Musical de Lanhelas, o Orfeão de Vila Praia de Âncora e o Coral Polifónico de V.N.Cerveira, sendo que o programa constou de um misto de música clássica e não só música de Strauss mas também, evidentemente. Pôde-se ouvir , entre outras, Tanz der Vampire de Jim Steinman, O Danúbio Azul de J.Strauss, Pomp and Circumstance de E. Elgar, Va Piensero da Ópera de Nabucco de G. Verdi e no fim não poderia deixar de ser a marcha Radetsky.
No dia seguinte ao Ano Novo, fui visitar o lindo presépio que estava exposto na praça em Vila Nova de Cerveira, um local bem lindo par visitar ( voltarei a falar desta região noutra oportunidade)e finalmente acabei de libertar a voz online...gosto desta expressão...é a ideia que tenho mesmo para o meu blog...O tempo já vai longo, só amanhã voltarei aqui para correcção do discurso...E também espero que o blogger me ajude e que as fotos apareçam no sítio onde eu as pus, para melhor elegancia do post...
(As fotos referentes à passagem de ano e concerto em Caminha não têm grande qualidade devido ao facto de terem sido tiradas com o iphone com muito frio e pouca luz)

Fotos e texto:Lu

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