domingo, 30 de novembro de 2008

O final de um dia especial












Não podia deixar de abordar a história da Companhia de Vinhos do Porto - PORTO CROFT, que acho ter muito interesse.
E depois de o fazer adicionarei algumas imagens, que porque a minha habilidade e "know how" não são grande coisa e acabam por ficar em todos os lugares menos onde as ponho quando faço os posts.
Assim, referencio-as desde já e ficarão no topo antes do texto. Começo a partir da que se localiza logo a seguir ao texto, com uma imagem que achei muito bonita onde se vê o casario antigo do Porto por entre os prédios das caves, depois a fachada do edifício mãe das caves que vou visitar, muito linda, uma imagem de outras caves captada duma varanda, o interior da sala de recepção aos visitantes, um cálice de Vinho do Porto branco, servido como aperitivo ( de notar o formato do cálice de vinho do Porto, sempre em forma de tulipa ), depois imagens das caves e no fim o Porto Ruby, toma celestial...seguida da imagem da Serra do Pilar by night...e já era noite, graças Dio Mio...

E agora a história do Porto Croft

Esta companhia foi fundada, segundo consta na literatura que distribuiram aos visitantes, há mais de trezentos anos, tudo indicando que as primeiras exportações datam de 1678, mas só em 1736 quando John Croft, um ilustre mercador inglês entrou para a companhia é que esta passou a ter o seu nome. Esta família teve um papel muito relevante no sector do Vinho do Porto. Um sobrinho de John Croft, escreveu o tratado sobre os vinhos de Portugal, de 1787, e hoje ainda é uma das melhores referencias de informação sobre a história do Vinho do Porto nesse século.
A Percy Croft, foram atribuídas umas palavras bem famosas: "Todo o tempo que não é passado a beber Vinho do Porto é desperdiçado."

Texto:Lu
Fotos:Lu

Um dia especial


Em final da semana passada completei mais um ano de vida, graças que tenho de dar a Deus. Mas também tenho de dar graças pelo dia espectacular que Deus me proporcionou e que vou partilhar sendo que passei este dia no meu Porto amado e na companhia do meu filhão mais velho que tirou um dia de férias para o dedicar todo a mim.

Saímos pela manhã em dia glorioso de Outono, que foi assim que práticamente esteve quase todo o mês de Novembro nesta terra de encantos. Dirigimo-nos à zona mais carismática do Porto e Vila Nova de Gaia já referenciadas aqui em posts atràs, que fazem parte das zonas mais antigas destas cidades que partilham o rio Douro e que outrora eram uma só cidade, o Porto que deu o nome ao famoso Vinho do Porto. Começamos por almoçar no Cais de Gaia, uma zona de lazer junto ao rio disfrutando de imagens do Porto ancestral deslumbrantes e paredes meias com as caves do Vinho do Porto. Depois do almoço, caminhamos a pé ao longo do cais, apreciando os barcos de cruzeiros que aqui estacionam e percorrem o rio Douro acima até Barca de Alva, onde o rio faz fronteira com Espanha e admirando o Ex Libris desta nossa cidade que é a ponte de D. Luis I, neste dia banhada por um sol dourado de Outono e ainda e também a escarpa da Serra do Pilar.

Em seguida deslocamo-nos ao miradouro da Serra do Pilar em Gaia, local privilegiado de onde se obtem uma vista magnífica sobre o casario em cascata do Porto do outro lado do rio. ( Vão muitos anos que eu não visitava este local lindo...). Neste local há um mosteiro cuja igreja é circular e com o interior em talha barroca e imagens setecentistas, além de um claustro também circular com 36 capitéis jónicos. Este mosteiro foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1996, inserido na zona histórica do Porto que como se sabe é Património da Humanidade. De acrescentar que em 1809, o mosteiro foi ocupado pelas tropas do general Wellington que a partir da Serra do Pilar comandou o ataque que libertou o Porto da ocupação francesa. Em 1832 este lugar também foi usado pelos soldados liberais de D. Pedro IV que derrotaram D. Miguel.

Para completar o nosso circuito turístico nesta zona, apesar de já vária vezes ter visitado diferentes caves do Vinho do Porto, optamos por voltar a fazê-lo, desta vez visitamos as caves do Porto CROFT.
O Vinho do Porto é produzido a partir de uvas que crescem em vinhas na região do Alto Douro, no Nordeste de Portugal, uma das regiões mais belas do mundo, sendo que foi a primeira região vinícola a ser demarcada e regulamentada por lei em 1756, o que torna o Vinho do Porto a denominação de origem controlada mais antiga, tendo sido o Marquês de Pombal, 1º Ministro do rei de Portugal D. José a fazer essa demarcação.
O Alto Douro fica a cerca de 100 km da costa de Portugal, sendo protegido dos ventos frios provenientes do oceano Atlântico pela serra do Marão , fazendo com que o clima desta zona seja muito frio no Inverno e muito quente e húmido no Verão. Sendo esta região muito montanhosa, as vinhas foram sendo plantadas em socalcos à volta dos montes, o que dá uma beleza enorme à paisagem desta zona especialmente quando as vinhas estão cheias de folhas e cachos de uvas ma também depois das vindimas, que decorrem na segunda quinzena de Setembro quando o Outono transmite um colorido misto vermelho, amarelo e castanho à parra das uvas. O clima e as características do terreno xistoso desta região , muito rico em nutrientes e de drenagem fácil, aliados a factores humanos estão na origem de o vinho do Porto ser um vinho altamente licoroso, produto de um sumo de uva mutio rico e concentrado. Depois das vindimas, o vinho é pisado nos lagares , grandes tanques de granito e depois é deixado a fermentar, passando depois para cubas a que se adiciona aguardente vínica, sendo que dizem que é nessa altura que nasce o vinho do Porto com a sua doçura e o seu corpo. Seguidamente desenvolve-se o processo de envelhecimento e para tal, é transportado para as muito conhecidas caves de vinho do Porto precisamente situadas na zona ribeirinha de Gaia.

Aqui na margem esquerda do Douro em Vila Nova de Gaia, encosta acima, eis a zona das caves do Vinho do Porto, caves frescas e sombrias onde o vinho vai amadurecer e donde parte para todo o mundo.
Os Vinhos do Porto são envelhecidos em madeira (cubas de carvalho) ou em garrafa. O Ruby (mais frutado e encorpado) e o Tawny(mais leve), são envelhecidos em madeira, os Vintage são envelhecidos em garrafa, assim nos foi dito.



Texto:Lu
Fotos:Lu

Continuando a pensar - as viagens

Aí vai:


Passando em três tempos de um flash de depressão, que não foi mais do que isso, o post que escrevi antes, para um flash de boa disposição...estava eu há pouco a tomar um cafézito com um bolinho, sentada à mesa da minha cozinha ( com este frio sabe bem !) olhei para o meu microondas e veio me à ideia , um post de um blogueiro meu amigo brasileiro sobre .."uma frase que me guia"! (podem ver nos blogs amigos na barra lateral " DIZEM QUE EU VIAJO"). Então olhando para o que tenho lá afixado , os meus olhos direccionaram-se para outras zonas da cozinha e pensei como há coisas que se tornam hábitos quando se anda por fora. Aí engraçado, como a cozinha é um dos meus domínios cá em casa, aí concentro duas coisas que me habituei a trazer das viagens , ou seja calendários e magnets com imagens dos locais onde estive e porventura o resto da família já se habituou a trazer para mim o mesmo. E porquê?
Viajar tem um efeito em mim que quase nem consigo expressar em palavras, é um misto de tantos sentimentos...é a sensação de libertação, é a sensação do que se aprende, é o ver e conhecer pessoas diferentes, é reter a natureza, é porventura ver o sofrimento dos outros sem ser pela televisão ou pelo cinema, é perceber que somos todos iguais e ao mesmo tempo diferentes, é enfim crescer muito e muito, é tanta experiência diferente do nosso dia a dia...então o calendário e os magnets estão lá na cozinha todos os dias, para continuar a vivenciar ( tal como fazemos com as fotos).
No fim do ano retiro sempre tudo e conforme ao longo do ano se vai saindo ou fora ou cá dentro, aí se vai colando o magnet ou dependurando o calendário..Certamente serão coisas de um nível muito rudimentar, mas não importa, para mim é simples...

Texto:Lu
Fotos:Lu
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O meu Blog (2)


Hoje decidi pensar, escrevendo sobre o meu blog , tentar sair do marasmo em que me tenho sentido afogada desde o Verão, sem conseguir libertar tudo o que tanto tenho vivenciado em termos de passeios, (é como eu intitulo a maioria das minhas ditas viagens, não passam de uns simples e pequenos passeios mas bem vividos e tocantes) leituras e ainda conjecturas ...enfim como é que hei-de gerir esta história de querer partilhar num lugar destes...sempre dominada pelos "handicaps" da minha vida, a serem mais marcantes com o evoluir da idade, ou seja a mania da perfeição, a mania do pormenor, a mania de baixar a autoestima com a ideia que os outros é que são...e a mania de que não tenho que ter estas manias porque há que se ser livre em tudo...e ser feliz com o que Deus nos deu e com aquilo com que nos dotou ...Posto isto que se deve um pouco ao facto de ter passado a tarde a ler blogues muito interessantes (hoje é domingo, amanhã é feriado em Portugal e o frio chegou forte e em vez de feio chegou bonito pq caiu um grande nevão aqui para o Norte e amanhã vou ver se consigo ir tirar umas fotos lá para Amarante e para as fraldas do Marão...a ver vamos... ), continuo a achar que os blogues fervilham de juventude o que é natural, nasceram nesta época da Informática e consequentemente da Web e uma pessoa por mais esforço que faça para acompanhar sente que já não tem pedalada, pese embora os pergaminhos da nossa vida (conforme me dizia há tempos num e-mail, um bom amigo das aulas de informática). De facto os pergaminhos são uma mais valia muito grande mas o impacto da evolução tecnológica é quase arrasante para quem nasceu e cresceu na era do livro...

Enfim, reflexões à margem, lembrei-me agora e Bem a propósito ( estive nessa altura para tecer algumas ideias no blog sobre o assunto mas lá está.. não deu...) lembrei-me, dizia eu de um filme que fui ver há tempos(não fui com os netos porque ainda não os tenho), mas curioso fui ver esse filme a pedido de uma senhora de avançada idade ( na casa dos 80 e..), que era uma história para crianças com a Jodie Foster e que se chamava " A ILHA DE NIM ". O filme não era nada de extraordinário, passou à margem, mas eu gostei imenso do filme, porque além de se passar numa ilha lindíssima, versando a história de uma linda menina que vivia com o pai sòzinha numa ilha, pai este pesquisador nos oceanos, a menina era educada e ensinada com todos os meios modernos de novas tecnologias. Portanto tinha acesso a toda a vida fora da ilha e nada lhes faltava, convivia pela internet, e...lia imensos livros, incluindo os de uma escritora famosa com quem comunicava...e não vou contar mais pq senão não saio daqui...o interessante para mim foi que achei que na mensagem do filme era nítida a importãncia do livro no imaginário da criança e na sua formação bem como a interligação na sua vida da Internet e dos livros e também de todos os que com ela comunicavam...
Já sei que vão dizer, na Net estão todos os livros...etc., etc., etc...o futuro, as florestas , a poupança de papel, a poupança de espaço...tá bem!!!

e por agora fica por aqui a minha reflexão. A ver se ainda hoje nos voltamos a encontrar!!

Texto:Lu
Foto:Lu

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Poeta





Eugénio de Andrade, desde há muitos anos que é um do meus poetas preferidos.
Alguns dados biográficos tirados por acaso neste caso da Wikipédia, dizem-nos que este poeta nasceu no Fundão em 1923. Residiu em Lisboa e por motivos profissionais transferiu-se para o Porto, onde residia, mais concretamente na Foz, na muito conhecida Rua do Passeio Alegre. Pela sua obra foi galardoado com muitos prémios, nomeadamente o prémio Camões em 2001. Entre tantos amigos, muitos eram grandes personalidades da cultura portuguesa e estrangeira, entre os quais poderemos citar Miguel Torga, Eduardo lourenço, Sophia de Mello Breyner Anderson, Marguerite Yourcenar, Herberto Helder e outros tantos...
Eugénio de Andrade levava uma vida de distanciamento da vida social, literária e mundana, sendo dele as seguintes palavras, que ilustram o estilo de vida que tinha...ESSA DEBILIDADE DO CORAÇÃO QUE É A AMIZADE...
Faleceu em 2005, vítima de doença neurológica e deixou a Fundação Eugénio de Andrade, em cujo edifíco residia e onde viveu os últimos anos da sua vida.

A seguir anexo alguns dos locais emblemáticos da Foz por onde Eugénio de Andrade passou...e o jardim do Passeio Alegre em frente ao qual residia...
Texto:Lu
Fotos:Lu

Languidez de um dia de Outono




E foi assim, que este fim de semana, recebi um e-mail de um amigo brasileiro, que acabou por me espevitar para eu voltar ao computador e ao meu blog, saindo desta denguice (requebro, languidez ou moleza...como o povo lhe chama) e para a qual o Outono nos arrasta quando já estamos no Outono da vida.
E aí vai, ainda não é desta que aparecem as viagens mas se consultarem um post escrito em 22 de Junho passado, verão que nem só em viagens eu estava a pensar quando fiz nascer este bloguesinho. De facto, também gosto muito de conversar sobre assuntos soltos no mesmo, reflectir sobre coisas que me rodeiam, que acontecem à minha volta, que ouço, que leio, que me lembro, enfim aqules pensamentos...Talvez um outro blog para dedicar a estas conversas à margem, quem sabe?!
E foi assim então que hoje de manhã, , deparei com um dia chuvoso de Outono ( de morrinha, como diz o povo...), que mais parecia de Inverno, e não resisti a pegar na máquina e tirar fotos neste Outono, que eu acho divinal, pois é pura natureza verde . Então lembrei-me de um poema de Eugénio de Andrade que nos fala das primeiras chuvas e logo me ocorreu pôr no blog as fotos com o poema para quem quiser absorver nestes dias ...

De EUGENIO DE ANDRADE (In wikipedia)

As primeiras chuvas

As primeiras chuvas estavam tão perto
de ser música
que esquecemos que o Verão acabara:
uma súbita alegria,
súbita e bárbara, subia e coroava
a terra de água,
e Deus que tanto demorara,
ardia no coração da palavra

(Rente ao dizer)


Texto:Lu
Fotos:Lu

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